E sigo sonhando
e sigo vivendo.
Vivendo sonhando a vida que o sonho me trouxe.
Pra ele acendo uma vela.
segunda-feira, fevereiro 19
Andressa
Não mais que 9,
menina.
Com a toalha sobre os ombros,
evita a dor que o peso das bebidas
pode causar em sua coluna de
menina.
Aprende rapidamente a dissuadir
e facilmente esconde a sua face de
menina.
Menina,
não mais que 9,
sonha com o dia em que a tratem como
menina.
Em que não mais precise
usar as forças que não tem
para sustentar o peso das latas
que destróem a sua coluna de
menina.
Faz doer a minha alma
pela possibilidade de ser
a minha menina,
que antes dos 9
se utiliza de uma toalha
para diminuir a dor
que não sabe ser causada
pela frieza dos que não entendem nada de
meninas.
Só sentimos por conta da possibilidade de vivermos,
se é que me entendem.
menina.
Com a toalha sobre os ombros,
evita a dor que o peso das bebidas
pode causar em sua coluna de
menina.
Aprende rapidamente a dissuadir
e facilmente esconde a sua face de
menina.
Menina,
não mais que 9,
sonha com o dia em que a tratem como
menina.
Em que não mais precise
usar as forças que não tem
para sustentar o peso das latas
que destróem a sua coluna de
menina.
Faz doer a minha alma
pela possibilidade de ser
a minha menina,
que antes dos 9
se utiliza de uma toalha
para diminuir a dor
que não sabe ser causada
pela frieza dos que não entendem nada de
meninas.
Só sentimos por conta da possibilidade de vivermos,
se é que me entendem.
sexta-feira, fevereiro 9
Dorme
Quando dormes, pareces o anjo que imagino
Quando acordas, és a mulher que desejo
Quando desejas, sou o homem que queres
Quando queres, nem sempre te satisfaço.
Diferimos em número, gênero e grau
Assemelhamo-nos em número, gênero e grau
És singular quando sou plural
Sou plural quando és singular.
Por vezes convergimos.
Se queremos de nós algo maior,
Se queremos dar fruto a outro ser,
Precisamos convergir na divergência
E buscar nos dias tortos,
A congruência de nossos passos tortos.
Não sei o que nos espera,
Além de uma lembrança eterna,
De um carinho gigantesco
E de um amor já sentido
Que nunca se “dessente”.
Seja lá o que for, meu bem,
Seja lá quem encontremos nos blocos
E o que o for acontecer,
Já te amo para sempre.
Poucos entendem o para sempre,
Mas certo de que sabes
Que certos sentimentos são eternos,
Por mais que momentâneos,
Deixo-te em paz,
Na calada da noite,
Pois assim a vida te quer.
Doce, suave, áspera, fogosa,
Cínica.
Te amo!
Quando acordas, és a mulher que desejo
Quando desejas, sou o homem que queres
Quando queres, nem sempre te satisfaço.
Diferimos em número, gênero e grau
Assemelhamo-nos em número, gênero e grau
És singular quando sou plural
Sou plural quando és singular.
Por vezes convergimos.
Se queremos de nós algo maior,
Se queremos dar fruto a outro ser,
Precisamos convergir na divergência
E buscar nos dias tortos,
A congruência de nossos passos tortos.
Não sei o que nos espera,
Além de uma lembrança eterna,
De um carinho gigantesco
E de um amor já sentido
Que nunca se “dessente”.
Seja lá o que for, meu bem,
Seja lá quem encontremos nos blocos
E o que o for acontecer,
Já te amo para sempre.
Poucos entendem o para sempre,
Mas certo de que sabes
Que certos sentimentos são eternos,
Por mais que momentâneos,
Deixo-te em paz,
Na calada da noite,
Pois assim a vida te quer.
Doce, suave, áspera, fogosa,
Cínica.
Te amo!
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