Procuro na gritaria noturna, mascarada pelo silêncio que chamam de calada, uma pequenina explicação pras doenças da alma e do ego a que todos estamos vulneráveis, mas que poucos querem(os) admitir. Não admissão que agrava o estado clínico, pois a falta de diagnóstico agrava a doença pelo fato de lidarmos com os nossos defeitos da mesma forma doentia e defeituosa que os causaram. Não saímos do ciclo vicioso, não aprendemos nada com o que se passa.
Quero gente, amar gente, largar esse amor platônico e doentio que só sabe idealizar personagens de contos de fadas. Tenho a convicção de que me aceitarei muito mais como gente, ambíguo que sou, quando minhas paixões, amores e até desamores, forem gente ao invés de mocinhos e vilões.
Sim, sentirei falta do amor rasgado, inexplicável, apesar de tentar empalavrá-lo o tempo todo, sem fechar a minha matraca, racional que sou. Foi-me útil por mostrar que o sentimento é meu, direcionável para pessoas diversas, porém específicas.
Mas preciso me desvencilhar do que me foi útil. Quero encontrar pessoas para me aceitar como tal e, quem sabe, parar de escrever bobagem.
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