A história vivida, contada, encantada, virou sonho.
O sonho vivido, sentido, narrado, virou história.
História e sonho se confundem em outros sonhos e histórias.
Sonho e história fazem nova história e despertam novos sonhos.
Os valores que possuía o sobrevivente da guerra urbana,
Remanescente do que dizem ser a primeira favela brasileira,
Impressionavam o jovem de olhos miúdos,
Que atento às suas histórias e causos,
Energizou suas esperanças de transformação.
Ouviu, sentiu, aguardou o seu retorno,
Quando não esperava mais o reencontro,
Surpreendeu-se com o inimaginável,
Com o desprendimento material de quem nada tem.
Percebeu que mesmo na pobreza,
Quiçá miséria,
Há espaço para valores distintos,
Para entender que há questões que valem mais,
E obviamente isso não provém da miséria.
No dia posterior, com o sentimento à flor da pele,
Relatou para os companheiros que quer ver na mudança pretendida,
Todo o sentimento ali vivido,
Buscava eco.
Como não se controla o que daí resulta,
A história vivida, contada, encantada, virou sonho.
O sonho vivido, sentido, narrado, virou história.
História e sonho se confundem em outros sonhos e histórias.
Sonho e história fazem nova história e despertam novos sonhos.
O homem de valores, roupa preta, pai,
Catador de latas,
Virou sonho.
(Marcelo Ribeiro e Flávio Chedid)
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