Obrigado a presenciar o sucumbimento do nível do futebol brasileiro (o jogado aqui), a ponto de não aguentar ver um jogo do meu flamengo por mais de 10 minutos e de querer estar cada vez mais longe do Maraca, eu fico com as palavras do Drummond. Atenção especial para a parte em negrito. Que coisa bonita!
"Se há um deus que regula o futebol,
esse deus é sobretudo irônico e farsante,
e Garrincha foi um de seus delegados
incumbidos de zombar de tudo e de todos, nos estádios.
Mas, como é também um deus cruel,
tirou do estonteante Garrincha
a faculdade de perceber sua condição de agente divino.
Foi um pobre e pequeno mortal
que ajudou um país inteiro a sublimar suas tristezas.
O pior é que as tristezas voltam,
e não há outro Garrincha disponível.
Precisa-se de um novo, que nos alimente o sonho."
Carlos Drummond de Andrade
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