Entre marroquinos e romenos,
sou descendente de sírios.
Falo português,
espanhol,
um pouco de inglês,
mas nenhum dialeto árabe.
Entre o subúrbio e a Tijuca,
nasci em São Cristovão.
Meu carioquês é da clara,
não me sinto típico,
mas mesmo assim,
encaro a dor e a delícia de aí ter nascido.
Entre moços amarrados,
rojões disparados,
e preconceitos sentidos,
me encontro com a raiva
e a sublime certeza da
inevitabilidade
de termos que fazer algo distinto.
Entre a América e a Europa,
há mais similitude do que gostariam alguns
e menos semelhanças do que nos tentam fazem crer
as análises simplistas,
que tratam as crises sem considerar o que as precedem.
Sorte a minha,
por ter parado em vilarejos,
onde o vinho é recarregável,
as gentilezas são trocadas
e a amabilidade das pessoas transbordam
os limites das diferenças raciais e continentais.
Algo assim ainda será hegemônico!
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