quinta-feira, janeiro 28

e a direita mostra suas garras mais afiadas

Seria estarrecedora, se não fosse totalmente previsível, a reação da mídia brasileira ao Plano Nacional de Direitos Humanos. Enfrentar de uma só vez os militares, a igreja, o agronegócio, a grande mídia e as grandes fortunas não é uma tarefa das mais simples.

Cabe um breve apanhado do que dizem os âncoras da nossa mídia:

Hoje, Boris Casoy, do alto de seu microfone, o mais baixo da escala da mídia, fez questão de chamar de bobagens os assuntos tratados no PNDH. Entrevistou lá um jurista que estava indignado com o reconhecimento do trabalho das prostitutas. Será que o nomeado jurista, cujo nome sequer gravei, critica o que já praticou, como denunciava a poetisa Juana Inés de la Cruz no século XVII?

Alexandre Garcia estava estarrecido como um programa de governo poderia atacar os militares, os produtores rurais e os meios de informações. Como podem ser esses considerados vilões em uma só penada? pergunta o repórter. Vale lembrar que liberdade de expressão não pode ser confundida com falta de controle social dos meios de comunicação, e é exatamente disso que fala o plano.

http://www.youtube.com/watch?v=7r4bs6CrcyU&feature=related

E, por fim, o segundo maior boçal de nossa mídia (sorte dele existir o Boris Casoy), Arnaldo Jabor diz que trata-se de um programa bonito por fora e soviético por dentro. Indignado com o fato de pensarmos em julgar crimes de 40 anos atrás, indignado com os laranjais da cultrale e com a destruição da Vale e da Aracruz Celulose. Me corrijam se estiver errado, mas me parece que apenas Brasil e Uruguai não julgaram os torturadores da ditadura (não foi a toa o editorial da Folha chamando-a de Ditabranda).

http://www.youtube.com/watch?v=gO_Fdc5OP08&feature=related

É preciso agir junto com o que me parece ser a ação mais interessante até então feita nesse governo.

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