segunda-feira, outubro 27

Em Santa

Era eu e mais uma senhora no ônibus. Logo ela desceu. A motorista, preocupada, me disse, alguns minutos depois: "não vai dormir não!" e perguntou: "onde você desce?" Logo levantei e começamos a conversar. Quando disse meu ponto, ela perguntou: "já é aqui?" O assunto ainda não tinha encerrado e ela simplesmente parou o ônibus no meu ponto e terminou de contar a história de seu irmão. Não durou mais de dois minutos, mas foi suficiente pra eu notar que o trabalho pode ser muito mais do que é. Voltei com um sorriso imenso. Pela espontaneidade da moça, naturalmente, mas também por uma identificação com a liberdade que tinha aquela mulher com seu trabalho. O trabalho ainda é espaço de opressão. Não é possível que esse absurdo não seja identificado, tratado e superado por seres pensantes.

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