domingo, março 20

Baby, We can change the world

Precisamos almejar um papel mais importante nesse filme sem diretor legítimo. Não quero ganhar o Oscar de ator coadjuvante, muito menos quero ganhar o Oscar, falo disso mais tarde. Precisamos ser protagonistas, meu caro amigo. E isso depende apenas da gente. É preciso escolher uma das infinitas possibilidades da vida. Por que não escolher a via do bem?

Quanto ao Oscar, já passei dessa fase, sabia? O que me estimula não é mais o prêmio, e sim poder usufruir das vantagens de viver num filme bonito. Um filme bonito pra caralho. Essa vai ser a minha recompensa, essa vai ser a nossa recompensa.

Não vamos esperar o grande momento pra mudar não, não há o grande momento. Há grandes momentos! Vamos mudar a partir de agora, nas pequenas coisas, nas pequenas atitudes, nos abraços, nos sorrisos e até nas lágrimas. A gente muda o mundo com as nossas lágrimas, eu acredito nisso!

Há por toda a parte demosntrações de sentimentos incríveis. Músicas, filmes, conversas. Por que não são eles que ficam?

Sabe qual é a minha hipótese? Eles não ficam porque estamos sempre revidando as porradas que tomamos, que por sua vez, são revides também. Ninguém mais sabe quem começou tudo isso, não há mais um executor. Há apenas porradas sendo rebatidas. Precisamos parar de rebatê-las. Não, não seremos manés por isso. Precisamos ser mais espertos, meu caro. Acho que você já assimilou isso bem.

Precisamos tomar todo o cuidado, mas todo o cuidado mesmo para não embrutecermos. Não podemos perder a ternura nunca. Essa é a mudança. Não revidaremos, não há uma guerra, acho eu. Não acredito mais nessa guerra, acho que estão todos revidando o tempo todo, lutando contra inimigos invisíveis. Não adianta eliminá-los, seria uma auto-destruição, entende? Precisamos mudar o dia a dia e acho que isso você já faz bem, precisamos de mais pessoas que pensem e ajam assim. Confesso que ainda tenho um longo caminho a percorrer, o revide, por vezes, é automático.

Vamos usar nossa razão, racionalidade segundo os fins. Os fins não justificam os meios, os meios influenciam os fins, não dá pra dissociá-los. A utilização dos meios são justificadas pelos fins almejados. Queremos ternura, ajamos com ternura. É simples, racional. Por vezes não a receberemos de imediato, é um trabalho a longo-prazo que os seus e meus filhos e netos devem continuar.

Um abraço, se cuide, aja duas vezes antes de pensar, como sugeriu o Chico. E que não embruteçamos nunca!

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