quinta-feira, agosto 11

Dengo d(qu)e re(n)de

Vem cá, mulé,
Me faz um cafuné,
Que hoje eu quero um dengo molengo,
Daqueles de rede,
Morrer de sede
Pra não perder a posição,
Entrelaçar as pernas
E deixar que elas formiguem,
Me encolher no teu colo
Pra que você me carregue.
Vou no teu embalo sem sair do lugar,
Morro no teu colo sem reclamar,
Digo nomes sem sentido
Pra ver tua reação.

Adoro quando faz essa cara
De quem não entendeu,
Adoro quando encontra um cravo
E me pede pra espremer,
Adoro fingir que não gosto,
Adoro sentir o teu gosto
E também o teu gosto.
Adoro dormir mal ao teu lado,
Todo torto e preocupado,
Só pra te ver acordar de mau humor,
Murmurando palavras em grego
E reclamando do cobertor,
Que eu puxei pra mim.

Vem cá, menina,
Me faz um cafuné
E vamos pensar em nomes
Pra quando o mundo melhorar.

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