quarta-feira, abril 13

Entrega

“Quando eu soltar a minha voz, por favor, entenda que palavra por palavra eis aqui uma pessoa se entregando. Coração na boca, peito aberto, vou sangrando. São as lutas dessa nossa vida que eu estou cantando.

Quando eu abrir minha garganta, essa força tanta. Tudo que você ouvir esteja certa, estarei vivendo. Veja o brilho dos meus olhos e o tremor nas minhas mãos. E o meu corpo tão suado, transbordando toda raça e emoção. E se eu chorar e o sol molhar o meu sorriso, não se espante, cante, que o teu canto é minha força pra cantar.

Quando eu soltar a minha voz, por favor, entenda, é apenas o meu jeito de viver o que é amar.”

(Gonzaguinha-Sangrando)


Caralho! Caralho! Caralho voador! Que música bonita, que cara foda!

Putz, que inveja, como eu queria ter escrito essa música, sobretudo a última frase. É tão sincera, poética e de uma humildade sem tamanho. Não há definições sobre o amor, é exatamente isso, há formas de amar, ou melhor, formas de viver o que é amar. Puta que pariu! Tô desbocado mesmo!

E o nome da música é perfeito. A música sangra, essa música sofre, nega meu post anterior. Essa é uma música que sofre! E ao mesmo tempo liberta. Ela sangra e grita: “ Puta merda, não me venha dizer o que é amar”.

Salve, salve Gonzaguinha!

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